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Mostrando postagens de 2021

Coisas de Natal e Ano Novo

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Terminando os relatos sobre o "Coisas do Narrador", vamos coincidir as datas. Natal virou marcador anual, assim como o Ano Novo.  Os textos foram bem variados e alguma coisa eu já falei, quando descrevia as inspirações do meu livro, e algumas outras eu deixei para depois.   Geralmente, aqui no sul, existe uma grande folga do tipo "férias coletivas", e eu viajava para o Rio fazendo um circuito de "beijos e abraços" (para matar as saudades) que terminava em Rio das Flores para a festa de Natal que já contei. Era uma viagem e aí entrava no marcador de viagens também.   Além do passeio, final de ano é época das tradições. Em primeiro lugar, a árvore não pode faltar e a minha era (e ainda é) uma verdadeira obra de arte, mas esse ano ela foi para manutenção e ficará somente na lembrança. A descrição, fotos e detalhamento você pode ver clicando aqui . Outra coisa que também acontecia era o momento "Papai Noel dos Correios" que gerava muita criatividade

Voltando ao trabalho

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A mudança para Itaiópolis, onde passamos a morar a partir de fevereiro, foi impulsionada pela possibilidade certeira de voltar a trabalhar diariamente. Logo minha esposa conseguiu um emprego e fui chamado para trabalhar na Estratégia Saúde da Família a partir de um processo seletivo, onde fui o primeiro colocado. Mais uma vez tive a sorte de coincidir esse reinício com a segunda dose da vacina contra a COVID, pois a quantidade de pessoas assintomáticas era muito grande e dizer que você não tinha contato com a doença seria algo impossível, principalmente considerando o trabalho em serviço de saúde. A situação, enfim, pareceu melhor controlada e aí recomeçaram as distorções com a comemoração do dia do trabalho e o dia das mães. A quantidade de casos era absurda, mas epidemiologicamente esperada. A vantagem é que a chamada "imunidade de rebanho" parecia que aconteceria mais rápido. Na nossa cidade ao menos 10% da população já estavam infectados nessa época. Se considerarmos que

Feriadão

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Apesar de estarmos perto do Natal, o tema de hoje fala (tema fala?) sobre o desespero nacional com mais um feriado que foi a Páscoa. Se compararmos com a problemática atual (Natal e Réveillon), a situação até é bem semelhante pois várias cidades estão cancelando os festejos habituais. No caso mais antigo, os prefeitos das cidades maiores tentaram, a todo custo, cuidar para que não houvesse aglomeração em lugar algum fechando praias e comércios, e anteciparam outros feriados tipo Tiradentes, São Jorge e tudo que foi possível. A ideia era um "lockdown" sem esse nome que aterrorizava os comerciantes.  O que os gestores esqueceram é que o feriadão facilitou o deslocamento das famílias que pretendiam passar a Páscoa com os seus. Para complicar mais ainda, um juiz do Supremo liberou o funcionamento dos templos religiosos (tá certo que ele limitou a 25% da capacidade, mas como é que se faz isso na prática?). Em Santa Catarina, assim como todo Brasil, as vagas de UTI eram inexistente

Volta às aulas e vacinas - parte 2

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Eu fiquei de voltar ao tema, para poder ilustrar melhor a situação de forma evolutiva. A vacinação correu a passos lentos, mas o retorno às aulas aconteceu com muita discussão técnico-jurídica.  Uma das justificativas para o retorno às atividades escolares era de que "se pode abrir cinema, parques e outros atrativos, por que não pode ter escola?". Só que esqueceram que o país entrou num caos sanitário sem precedentes. Se antes não havia leito no Planalto Norte e eu já reclamava, nessa fase não havia leito no Brasil todo. Justamente nessa situação resolveram colocar em circulação um sem número de seres (crianças e adolescentes) de forma obrigatória (parques, cinemas e outras situações de lazer são eletivas: "vai quem quer!") e esqueceram de que também não existem leitos para tal população. Um ótimo artigo sobre tal ponto de vista veio do editor do Jmais , Edinei Wassoaski, e foi a ele que recorri para dar a minha opinião a respeito, como da outra vez. Escrevi um e-ma

Como disse Stanislaw

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♫ Este é o samba do Crioulo doido A história de um compositor que Durante muitos anos obedeceu o regulamento E só fez samba sobre a história do Brasil E tome de inconfidência, abolição, proclamação, Chica da Silva E o coitado do Crioulo tendo que aprender Tudo isso para o enredo da escola Até que no ano passado escolheram Um tema complicado: a atual conjuntura Aí o crioulo endoidou de vez, e saiu este samba ♪   Na evolução da pandemia o próximo problema foi o Carnaval; aliás muitos dizem que a origem do problema foi o Carnaval de 2020 (e será também o de 2022), onde o vírus já estaria circulando e aí contaminou um monte de gente (claro que muitos assintomáticos).   Para tentar amenizar o desastre, as festividades oficiais não foram realizadas e o tradicional feriado virou uma confusão danada: bancos não funcionaram; prefeituras abriram; comércio fez o que quis... mas na prática a turma foi mesmo para a praia e aí as aglomerações e festejos clandestinos proliferaram.   A situação no paí

Início da vacinação

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A primeira pessoa vacinada, ainda na fase "circo", foi uma enfermeira em São Paulo, há dez meses, no dia dezessete de janeiro. Como eram poucas doses, os grupos preferenciais foram formados privilegiando idosos e profissionais de saúde também separados em sub-grupos. Claro que a coisa não funcionou dessa forma em todas as situações: surgiram os "fura fila" e o desperdício. No primeiro caso nem preciso explicar muito; no segundo caso foram duas as vacinas inicialmente: a Coronavac que a apresentação comercial era de uma dose por frasco e a AstraZeneca com dez doses por frasco e nessa é que o desperdício aconteceu. Como são coisas muito técnicas que foram muito divulgadas na época, vou pular o detalhamento da explicação. Na vida real, a matriz de risco de Santa Catarina foi melhorando e os leitos de UTI foram surgindo (talvez pela curta permanência dos pacientes que logo faleciam, mas esse dado ninguém contou). As mídias de notícias começaram a mudar os assuntos e a r

Mais circo do que pão

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Vacinar a população sempre foi um problema e as hoje chamadas "fake news" só receberam nova roupagem porque já eram presentes no início do século passado, quando Oswaldo Cruz resolveu aplicar a antivariólica "na marra", gerando o episódio conhecido como "A Revolta da Vacina". A partir daí muitas tentativas foram feitas, sem sucesso, para que a vacinação se tornasse regra no país.  A partir do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990), particularmente no seu artigo 14 que obriga a vacinação das crianças dividindo seu cumprimento entre as autoridades e os responsáveis pelos pequenos, é que a coisa andou. O "Zé Gotinha", que já existia como símbolo da vacinação contra a poliomielite, ganhou força e o Programa Nacional de Imunizações finalmente cumpriu sua função. Nos tempos atuais, a ANVISA não teve jeito e aprovou o uso emergencial das vacinas, meio que disponíveis no Brasil, para o combate à Covid 19. No

Histórias da Pandemia - parte 2

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♪ A dor vai curar essas lástimas O soro tem gosto de lágrimas As flores têm cheiro de morte A dor vai fechar esses cortes ♫ Fiz uma pausa na semana passada e falei de mais um tema do Coisas do Narrador, para amenizar os relatos da pandemia. O Dia das Bruxas lembrou que há um ano eu mudei para Palhoça, onde já estava minha esposa, e hoje falarei sobre o retorno ao Planalto Norte. Resolvemos voltar logo no início de janeiro. O calor tornara-se insuportável e não havia mais o que fazer por lá. A pandemia estava fora de controle em todo o Brasil, principalmente em Manaus, e adiantamos nosso retorno, tomando muitas precauções pois na nossa região o atendimento médico também era precário.  Com essa decisão levamos muita sorte: voltamos mais cedo de Palhoça e não encaramos um problema que surgiu no estado que foram as chuvas, com inundações na região onde estávamos. Se a ida já deu trabalho, a volta foi muito mais complexa. Mesmo deixando muita coisa para trás (o que já era previsto), ainda

Dia das Bruxas

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O Dia das Bruxas ganhou um marcador anual. Já comentava sobre o dia no "Contos" e mantive, até associado, no "Coisas". O texto de hoje eu "rascunhei" nessa época do ano passado e programei para lançar somente agora    Há um ano, então, os dias antecedentes do fatídico "Dia das Bruxas" foram muito gelados, com ventos uivantes, contrastando com frio, sol e céu azul (bem "bruxuleante" mesmo, né). Acaba que choveu muito e emendou no feriado de finados como já seria esperado. Talvez alguma mágica para evitar os lobisomens enlouquecidos pela "lua azul" , desse ano que passou, ou somente um ato divino para amenizar a seca no estado. Jamais saberemos. De qualquer forma, por alguma coincidência, foi nesse dia que eu migrei para o litoral para passar a licença, mas essa história eu já contei lá atrás.   No blog, quando era a época, eu aproveitava  e "detonava" a personagem Ana Paula (Natasha), mas também mostrei uma viagem qu

Fim da primeira parte

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Hoje o relato será sobre as festas de final do ano de 2020 e semana que vem volto a falar sobre o "Coisas do Narrador" com o marcador do Dia das Bruxas. Ficou interessante assim (ao menos pra mim) porque na sequência eu retorno às Histórias da Pandemia já entrando em 2021 com as situações que antecederam a vacinação e os novos rumos tomados nesse ano. Enfim... nitidamente a população brasileira encarou a pandemia como "risco fisiológico", mas adaptou as comemorações de forma que fosse menos inseguro. O movimento nos shoppings não foi tão grande como o habitual, assim como nas praias. Isso não quer dizer que não houve aglomeração: sim... houve e muita, mas Copacabana, por exemplo, não teve um milhão de pessoas no Réveillon. No nosso caso, no Natal, conseguimos uma pousada afastada na praia da Pinheira onde somente havia mais uma família hospedada o que deu muito conforto e segurança. No "centrinho" e na praia, o movimento não era tão grande e na maioria era

Pessimismo

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Contrastando com a boa notícia do surgimento das vacinas, havia um problema a ser encarado que eram as festas de final de ano e o período de férias de verão. Parte da população, chamada de "negacionista", fazia festas variadas, bailes clandestinos e não estavam nem aí para a pandemia (segundo a mídia).  Numa visão rápida, era isso mesmo que parecia mas podemos pensar de outras formas, senão vejamos: para alguns ficarem 100% em casa, haviam os entregadores e motoboys; para outros saírem e comprarem comida e remédios, haviam os funcionários de farmácias e mercados; se não considerarmos mais ninguém na linha de montagem de qualquer coisa que exista, uma população enorme tinha que se amontoar no transporte público precário, atender um monte de gente e se expor diretamente ao vírus em prol daqueles "privilegiados" que não faziam maiores esforços para sobreviver. Aí, esses mesmos privilegiados querem convencer o cidadão que ir a um baile funk é muito mais perigoso do que

Volta às aulas e vacinas

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Dois temas interessantes e altamente "pegajosos".  Quando a pandemia começou, umas das primeiras providências foi suspender as aulas (não sei bem se para proteger as crianças ou para diminuir a aglomeração na porta das escolas na hora de levar e buscar os pequenos - às vezes nem tanto - para o colégio). Com isso descobriu--se que muitos passariam fome, pois existe um número razoável (ou enorme) de crianças que vão ao colégio, principalmente, para sua única refeição do dia - a merenda escolar; também descobriu-se que a tecnologia não atinge uma parte significativa da população discente (e não discente também) o que muito complicou a possibilidade do ensino à distância através de computadores, celulares e outros dispositivos; nesse universo de descobertas concluiu-se o que todos já sabiam: as crianças em casa o tempo todo criam um enorme problema para os pais e responsáveis e, em boa parte, por conta de serem uma população desobediente e mal educada. Com o passar do tempo veio

Ressonando

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"Significado de ressonar . Produzir som; fazer soar; ressoar: instrumentos ressoam sons; os sinos ressoam. Respirar fazendo barulho durante o sono; roncar: ressoa quando dorme. Entrar num estado de sono; dormir: na igreja minha avó ressonava." Lembra da dor de cabeça? Passou Lembra da ressonância magnética? Fiz Lembra do caos da pandemia? Piorou  Ressonância magnética faz jus ao nome. Mesmo com os fones de ouvido, onde colocaram música dos anos 1980 de uns vídeos do YouTube (que você poderia ver também, pois tinha lá um esquema com espelho e coisa e tal), o barulho é impressionante. Fora que a coisa trepida muito. Parece aquelas cenas dos astronautas nos foguetes, onde tem o barulho e a força da gravidade atuando. Experiência interessante, mas passo para outro. Claro que existem exames piores, então não vou reclamar mais. Somente uma curiosidade: ainda "arrastei" um mal estar durante uns três dias; como meu colchão habitual é magnético, acho que fui "desmag

Caos instalado

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A campanha eleitoral de 2020 "represou" dados da pandemia ("coincidentemente").Como já era esperado, uma vez que a maioria dos prefeitos já estavam eleitos, novos dados que estava represados por "problemas técnicos" apareceram e mostraram a piora óbvia da pandemia em todos os estados, principalmente no sul do país (particularmente Santa Catarina estava em estado crítico). A situação era pior do que na época de mais frio, o inverno propriamente dito, mas isso não incomodava  muito os gestores e muito menos a população. A ideia era que entrávamos no chamado "risco natural", onde tomava-se ou não algum cuidado (lavar as mãos deveria ser uma constante) e "vamos ver o bicho que vai dar." Só que a tendência ainda era de piorar mais ainda e a cada dia que passava eu ia acreditando que realmente fizera um bom negócio ao sair da região contestada de Santa Catarina, para migrar para áreas de melhor suporte médico (mesmo que superlotadas, sempre a

Louça é vida

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Já estávamos no "exílio" há quase duas semanas e a situação da pandemia no estado piorava a cada dia (eu só não acerto na mega sena 😆). Independente disso, haviam aquelas coisas que tem (o verbo está correto, é a ideia) que ser feitas em qualquer situação e uma delas eram os cuidados com a casa (melhor dizendo, habitação onde estávamos). Vou poupar a descrição de onde fomos parar, mas era o mais prático e viável financeiramente que conseguimos.  Instalamos internet que veio com um "agrado" de canais de tv e de filmes o que poupou outros gastos, incluindo a compra de um televisor. Minha esposa conseguiu trabalho e eu aproveitava o tempo lendo, ouvindo a JBFM vendo tv pelo computador,   arrumando casa, fazendo pequenos consertos (trocar sifão de pia virou especialidade) e lavando a tal da louça que é uma função interminável.  Aproveitei as condições adversas e algum dinheiro que sobrara e comprei produtos da YVY e realmente fiz uma boa opção. É aquilo: se temos lim

Vale da Utopia

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  "Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay" Será mesmo? Bom, eu estive na Galícia e o dito acima é bem interessante e de lá (ao que parece) é que ele veio. De qualquer forma, elas resolveram pregar algumas "peças" e a que sobrou pra mim (já que a viagem foi ótima) foi o conserto do sistema de freios traseiro, lesionado em fevereiro de 2020, quando o carro foi dirigido com o freio de mão "puxado". É uma coisa que acontece...  no geral costuma pegar fogo na hora e não dura tanto tempo até dar sinal de que algo não vai muito bem, mas, tirando a grave lesão do bolso, não criou grande contratempos até porque o uso do carro não era muito necessário (em Palhoça a maior parte das coisas do dia a dia eram feitas a pé mesmo).  Uma semana  na cidade grande e encontramos outra realidade: as pessoas circulavam normalmente, havia sistema de transporte público (mas a melhor opção era o UBER, quando a distância era maior) e o acesso à praia era liberado (existiam 

Plano B

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Com a impossibilidade de passar o período de licença em Rio das Flores, eu e minha esposa partimos para outras alternativas, sendo agraciados por um casal de amigos que nos recolheu e acolheu. Inicialmente ela viajou e ficou com eles durante praticamente um mês. O oferecimento era extensivo, mas preferi ficar pra trás até que ela conseguisse um apartamento, o que aconteceu no final de outubro do ano passado. De qualquer forma, caso houvesse necessidade de buscar socorro, seria mais fácil encontrar um recurso de forma isolada do que em conjunto. Bom... pode parecer estranho, mas fomos para a capital do estado onde o número de casos e a chance de contágio era a maior segundo a matriz de risco. A diferença é que a atenção dada à região também era muito maior do que a que recebe o Planalto Norte (o litoral e a capital sempre recebem melhores recursos) e aí a perspectiva de conseguir soluções para uma emergência seria muito maior.  O mapa abaixo mostra a situação em 04/11/2020. As cores ilu

Plano A: a tal hora de "dar no pé"!

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A reação das pessoas em relação à pandemia foi muito variável e todas foram e são justificáveis. Particular e inicialmente, eu tomei a conduta de trabalhar com todo o cuidado, tirar a roupa e lavar sapatos e objetos antes de entrar em casa (tomando banho a seguir), evitar contato com pessoas de grupo de risco a menos que eu estivesse fora da escala de trabalho por quatorze dias ao menos; não ter contato com crianças fora do meu atendimento habitual, e suspendi qualquer atividade outra que não fosse indispensável (invariavelmente situações de lazer). Isolado eu não fiquei, mas não havia o que fazer fora de casa além de mercado e coisas assim. Ah! Passei a cortar meu próprio cabelo com uma máquina que resgatei de um programa de pontos.  No início foi meio complicado, mas depois peguei o jeito e faço isso com tranquilidade até hoje. Com a vacinação e o evoluir da pandemia, as medidas iniciais foram adaptadas à realidade e hoje é tudo muito mais simples. O aniversário do papai foi ontem, q

Superlotação

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Os meses passaram e o inverno chegou. Aí não deu outra: o hospital de referência local passou a receber pacientes de todas as regiões do universo e vivia lotado. O quanto de pacientes eles conseguiram salvar foi um dado não informado, mas a grande maioria eram de outras regiões. Considerei, então, que era o momento de tirar a licença prêmio e que o início seria em outubro, quando os leitos "sumiriam" de vez por conta de superlotação. Acertei na previsão, mas aconteceu uma situação totalmente fora do esperado: os leito "sumiram", mas foi por falta de pacientes e foram descredenciados pelo Ministério da Saúde. Por incrível que pareça, a ilusão de que a pandemia estava controlada associada à  má gestão pública levou o Ministério a acreditar que não precisava mais dos recursos alocados e dispensou tudo. Considerando essa informação, a ilusão também atingiu as pessoas (já exaustas do afastamento social e do trabalho) e essas passaram a participar de um maior número de at

Reportagem

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E agora o João Coragem se foi para encontrar o Shazam...👏👏👏👏 Continuando com as histórias... A volta, como já disse, foi meio confusa. Depois de um curto período de adaptação, tentando entender a situação e já começando a fazer previsões (até agora não errei nenhuma), mandei um e-mail para o editor de um jornal local, em maio/2020: "[...] Hoje venho aqui para falar como cidadão e observador da evolução da pandemia em Santa Catarina, principalmente em relação aos dados e o Planalto Norte. [...] Pude observar a evolução e as primeiras medidas tomadas pelo governo de Santa Catarina, sendo atingido em cheio com a suspensão do transporte pelos ônibus interestaduais, pois minha volta do RJ foi bem complicada, mas isso não é o tema da conversa. Inicialmente considerei que Santa Catarina estava "atropelando" as necessidades com medidas rígidas muito tempo antes dos demais estados. "Puxou fila", como dizem, praticamente obrigando São Paulo e Rio de Janeiro a adotar

Histórias da Pandemia

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A partir de hoje e durante algumas semanas vou falar sobre a pandemia. Mesmo com muitas dúvidas e ainda muitos casos e óbitos, a vacinação trouxe esperança e alento às pessoas. De qualquer forma vale a pena lembrar do passado recente quando a situação era bem mais complicada.  Vou explicar como tive essa ideia: em outubro do ano passado eu entrei de licença (noutro texto eu explico melhor isso) e já estava adiantando as postagens do blog, pois era uma coisa mais estática e atemporal. Como foi visto, eu falei dos meus livros e depois dos blogs. Explorei os marcadores/temas do "Coisas do Narrador" tentando associar com as datas mais comuns onde os textos foram publicados. Aí encontrei um hiato, pois os próximos temas seriam "Dia das Bruxas" e "Coisas de Natal e Ano Novo" e achei que falar disso em agosto não teria a menor graça. Dessa forma, resolvi "inventar" alguma coisa mais contemporânea, mesmo que não seja.  A primeira vez que contei algo sobr

Histórias de Leo e Mônica

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Essa outra minissérie aconteceu por acaso, num tema de Dia dos Pais. Seria um texto único, mas no ano seguinte eu resolvi repetir a dose já com alguma evolução. Aí parou mais um ano e chegamos em 2014, quando eu usei a dupla de personagens para escrever mais um pouco a respeito. Aí parou de novo e finalizou em 2015.  Como havia uma quantidade razoável de textos eu criei um marcador.   Leo e Mônica eram colegas/ficantes/namorados de faculdade que engravidaram de Yasmin, parto esse que Alcione (lembra dela?) foi quem ajudou. Os temas falavam de pais separados, pai participativo, morar numa ilha (a inspiração foi Paquetá), Copa do Mundo e, no final das contas, foram oito textos.   Era um casal bem inteligente e crítico que ainda tinha outro casal amigo, de características completamente diferentes, que eram o Eduardo e a Bia (qualquer semelhança com nomes de casais famosos não foi mera coincidência) e que tinham muitos problemas.   Tema "família" é sempre uma coisa complicada, ma

Histórias de Ana Paula (Natasha)

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Narrador não é Netflix, mas também tem séries. Uma delas ganhou um marcador e uma personagem muito atrapalhada. A referência é bem clara e a música do Capital Inicial ganhou forma no blog. Só que a Natasha que eu inventei era um pouco diferente da original.   A ideia começou no Ano Novo de 2012, onde, após uns tropeços, a personagem acorda num lugar esquisito, depois de uma provável festa estranha com muita gente esquisita e regada a muito absinto. Diz a lenda que ela foi "afogar as mágoas" por conta de um vacilo amoroso, mas sabe-se lá não é mesmo?   Eu sei que os textos começaram a aparecer e Ana Paula, no melhor estilo "Incrível Hulk", incorporava Natasha e entrava pelo cano. Sem contar que Ana e Adrielle não gostavam muito dela e aprontavam muitas travessuras no "Dia das Bruxas" e sempre que havia alguma outra possibilidade.    Pra se ter uma ideia, ela fugiu de lobisomens, foi acusada de matar de susto um velhinho, foi transformada em girafa e num h

Coisas de Música

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Dizem que a música aquece a alma e o coração, e com esse frio que está fazendo é uma ótima pedida para acompanhar as comidas e bebidas da época. Em ambos os blogs muitos textos surgiram baseados em músicas que eu estava ouvindo ou situações que remetiam à isso. Essa semana foi comemorado o "Dia Mundial do Rock" no  dia 13 de julho. A data celebra anualmente o rock e foi escolhida em homenagem ao Live Aid, megaevento que aconteceu nesse dia em 1985, e achei muito bom falar de música lembrando este evento.   Rock também está presente, mas quando o marcador é aberto o leitor já encontra o Teatro Mágico (num remake de um original do "Contos"); na sequência encontrará Beto Guedes, Soulstripper, Annie Haslam, dentre outros grandes valores da chamada "world música".   Sou de uma família de senhoras pianistas desde minha avó, minha mãe, uma tia da minha mãe que era muito divertida (tia Olga); algumas primas também tocavam e lembro de um primo que participava de u

Gordices em geral

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Estamos em julho e quase no auge do frio (a mínima até agora foi de - 1ºC e ainda deve esfriar mais). Nessa época, o pinhão assado no fogão a lenha, o vinho, o chocolate quente, as sopas e outras iguarias ajudam a cultivar as placas ateromatosas, a esteatose hepática e outras situações desagradáveis que levam a outros problemas mais desagradáveis ainda. Só que a coisa fica meio sem solução.   A comida do sul é hipercalórica com associações de carboidratos enlouquecidas, além das carnes gordas. Esse negócio de "saladinha" só se for de pepino (que por sinal eu não gosto). O clássico mesmo é arroz/feijão/macarrão/farofa/maionese, tudo junto e misturado numa refeição só. Sobremesa típica é sagu com creme branco (leia-se mingau de maisena).  Acredito que esses hábitos alimentares estão relacionados à necessidade de criar alguma gordura para resistir às intempéries do frio ou então é gordice mesmo porque tudo isso é muito bom.   Quando cheguei, aprendi logo de cara o que é uma cuca