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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Alcionne e a casa

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Bom... nova história, novos personagens. Alcionne ainda aparecerá nos blogs e a casa descrita teve inspiraçãoeu num sítio, em Rio das Flores, que pertencia a uma prima da mamãe ("Tia Déia"), mas a foto que usei é de outro local. Aproveito para deixar meus votos de Feliz Natal a todos. Vamos, então, continuar a história...   Alcionne era minha ajudante. Esqueci de falar dela! Quando me instalei nesta cidade, eu morava num pequeno quarto de uma pousada; não tinha carro e andava de charrete de aluguel (coisas de interior.) A cidade, ou quase isso, era uma mistura de estrada com casas pequenas, uma ou outra rua e um centro em torno de uma pracinha onde havia o comércio que era restrito a um banco, uma agência dos correios, uma padaria e uma ou outra loja. Ao menos sem fumaça e sem a visão do concreto armado das cidades grandes. Sempre fazia o mesmo trajeto e, numa casa mínima, em uma pequena travessa, eu observava rapidamente, uma senhora – Alcionne - de quem ninguém s

O que aconteceu depois?

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Lá nos muito "antigamentes", quando a gente voltava das férias as professoras sempre pediam uma redação sobre o que fizemos. No caso, o trabalho de férias foi a personagem que resolveu fazer.  Neil Gaiman, no prefácio do livro "Seres Mágicos e Histórias Sombrias", ao ser perguntado por um leitor o que ele escreveria na parede da área infantil de uma biblioteca pública, ponderou e respondeu:  “ Não sei se escreveria uma citação se fosse eu que tivesse uma parede de biblioteca para desfigurar. Acho que eu só lembraria às pessoas do poder das histórias, de por que elas existem. Eu colocaria as quatro palavras que qualquer pessoa que conta uma história quer ouvir. As que mostram que está dando certo, e que páginas serão viradas: o que aconteceu depois?” Senhoras e Senhores, conforme prometido no primeiro texto de hoje, apresento-lhes "Gama", a continuação de "Versão Beta" nunca publicada, numa versão reduzida e revisada aqui no editor do b

Duas Histórias

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O primeiro texto de hoje já começa com um "atenção" (alerta de spoiler): se você chegou aqui e não leu "Versão Beta" saiba que vou fazer um resuminho para poder continuar.   O final de "Versão Beta" revelou que a personagem "Bela" estava sonhando com seu futuro, onde ela teria uma filha que fugiria para o planeta Marte com um namoradinho e que era filho adotivo de um velho amigo seu.   Em "Gama" ela já está acordada, algum tempo já havia passado e, para mudar um pouco alguns hábitos, ela arrumou um concurso literário para participar, onde escreveria uma continuação de um livro qualquer e que a tivesse impressionado muito por qualquer motivo também. Escolheu, então, um que contava a história de uma menina que fora para a Índia passear (ganhara a viagem de presente de aniversário de 15 anos) e que só voltara 20 anos depois (hum... o leitor já ouviu falar disso, não é mesmo?).   A cena contemporânea é passada numa cidade pequena do

Gama

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"A versão beta de um software ou produto é a versão em estágio ainda de desenvolvimento, mas que é considerada aceitável para ser lançada para o público, mesmo que ainda possua bugs e problemas que precisarão ser reparados pelos desenvolvedores antes do lançamento definitivo do produto ao mercado na sua versão final." ( Canaltech )    Depois do lançamento do livro, eu tive muita vontade de continuar a escrever nesse formato e hoje começo uma nova série falando disso, mas antes vou explicar o título que escolhi para o livro pois isso ficou faltando. Na prática, não havia título e como foi um grande rascunho durante um bom tempo acabou recebendo o nome de "Versão Beta", cuja explicação eu coloquei na abertura do texto de hoje.    Seguindo, então, como ainda havia um bom material não explorado, resolvi dar continuidade às ideias. Dessa forma criei um novo livro, "Gama" - a letra grega sequencial, contando duas histórias ao mesmo tempo: uma delas seria &qu

Capítulo 22 - Epílogo

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- Você está querendo me dizer que eles fugiram? Eu conheço a história de Sidarta. Quando ele abandona tudo, ele parte sozinho. Então ele não levaria ninguém. - Se ele fosse uma reencarnação. Mas o Sidarta original foi a última encarnação do Buda, segundo os antigos escritos. - Mas essa teoria toda é uma loucura. Como Elle poderia saber disso tudo? - Ela era diferente das outras pessoas. Independente disso, os dois sumiram e isso é muito significativo. Sid é esperto e foi criado para ser um líder. Era isso que sua mãe queria. - E vai liderar o que, com 15 anos? Aonde ele iria? - Para lugar nenhum. Já mandei verificar as saídas e ele não passou. Nenhum carro sumiu e nenhum voo saiu. A não ser que... - A não ser o que? - Pensei que fosse um raio! - Que raio? Na noite anterior eu dormi direto, exausta e não vi nada, nem chuva. Só as nuvens negras se aproximando e os relâmpagos contrastando com os fogos de artifício. - Lembra-se do que te contei sobre os meninos de rua de Marte? - Ah! Aquil

𝄞 Close to the edge ♫

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Sempre gostei de rock progressivo e posso dizer que Rick Wakeman foi minha primeira referência. Tecladista da banda "Yes", seguiu carreira solo com o tempo. Talvez volte ao assunto num outro dia, mas aproveitei que essa banda criou um álbum baseado na última referência do meu livro que foi "Siddartha" de Hermann Hesse e fiz o comentário ilustrando este post com a capa do livro que ganhei à época (ainda guardo na estante). Iniciamos dezembro com o desastre epidemiológico: a pandemia consome os serviços de saúde do país, as festas de final de ano se aproximam e a época de praia e férias também. Local seguro, para quem tem que trabalhar, não existe; o que, ao menos, melhora a estatística é que a proporção de óbitos em relação aos infectados é muito baixa (na faixa máxima de 3%, o que daria uns seis milhões de mortes no Brasil todo no máximo - é muita gente com certeza, se considerarmos que todos serão infectados em algum momento). O que acontece agora é que os gestores