Início da vacinação

A primeira pessoa vacinada, ainda na fase "circo", foi uma enfermeira em São Paulo, há dez meses, no dia dezessete de janeiro. Como eram poucas doses, os grupos preferenciais foram formados privilegiando idosos e profissionais de saúde também separados em sub-grupos.

Claro que a coisa não funcionou dessa forma em todas as situações: surgiram os "fura fila" e o desperdício. No primeiro caso nem preciso explicar muito; no segundo caso foram duas as vacinas inicialmente: a Coronavac que a apresentação comercial era de uma dose por frasco e a AstraZeneca com dez doses por frasco e nessa é que o desperdício aconteceu. Como são coisas muito técnicas que foram muito divulgadas na época, vou pular o detalhamento da explicação.

Na vida real, a matriz de risco de Santa Catarina foi melhorando e os leitos de UTI foram surgindo (talvez pela curta permanência dos pacientes que logo faleciam, mas esse dado ninguém contou). As mídias de notícias começaram a mudar os assuntos e a realidade da pandemia, nacional e mundialmente falando, ficou para quem vivia o problema. O que se sabe é que o estado do Amazonas jogou a toalha e a coisa foi se alastrando por toda região norte com o desastre anunciado.

Respondendo à pergunta da semana passada, fui vacinado em vinte e oito de janeiro com a AstraZeneca e o papai no mesmo dia com a Coronavac. No meu caso, foram cinco dias de efeitos colaterais variáveis: a dor no local da aplicação foi tranquila e substituída por uma mialgia generalizada que deu lugar a fadiga sendo que tudo isso estava previsto na bula pífia da vacina. Papai nada sentiu e isso foi muito bom. Enfim vacinado, a sequência a seguir era retornar ao trabalho e continuar sobrevivendo.

Eu sou doc

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