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Mostrando postagens de novembro, 2021

Como disse Stanislaw

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♫ Este é o samba do Crioulo doido A história de um compositor que Durante muitos anos obedeceu o regulamento E só fez samba sobre a história do Brasil E tome de inconfidência, abolição, proclamação, Chica da Silva E o coitado do Crioulo tendo que aprender Tudo isso para o enredo da escola Até que no ano passado escolheram Um tema complicado: a atual conjuntura Aí o crioulo endoidou de vez, e saiu este samba ♪   Na evolução da pandemia o próximo problema foi o Carnaval; aliás muitos dizem que a origem do problema foi o Carnaval de 2020 (e será também o de 2022), onde o vírus já estaria circulando e aí contaminou um monte de gente (claro que muitos assintomáticos).   Para tentar amenizar o desastre, as festividades oficiais não foram realizadas e o tradicional feriado virou uma confusão danada: bancos não funcionaram; prefeituras abriram; comércio fez o que quis... mas na prática a turma foi mesmo para a praia e aí as aglomerações e festejos clandestinos proliferaram.   A situação no paí

Início da vacinação

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A primeira pessoa vacinada, ainda na fase "circo", foi uma enfermeira em São Paulo, há dez meses, no dia dezessete de janeiro. Como eram poucas doses, os grupos preferenciais foram formados privilegiando idosos e profissionais de saúde também separados em sub-grupos. Claro que a coisa não funcionou dessa forma em todas as situações: surgiram os "fura fila" e o desperdício. No primeiro caso nem preciso explicar muito; no segundo caso foram duas as vacinas inicialmente: a Coronavac que a apresentação comercial era de uma dose por frasco e a AstraZeneca com dez doses por frasco e nessa é que o desperdício aconteceu. Como são coisas muito técnicas que foram muito divulgadas na época, vou pular o detalhamento da explicação. Na vida real, a matriz de risco de Santa Catarina foi melhorando e os leitos de UTI foram surgindo (talvez pela curta permanência dos pacientes que logo faleciam, mas esse dado ninguém contou). As mídias de notícias começaram a mudar os assuntos e a r

Mais circo do que pão

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Vacinar a população sempre foi um problema e as hoje chamadas "fake news" só receberam nova roupagem porque já eram presentes no início do século passado, quando Oswaldo Cruz resolveu aplicar a antivariólica "na marra", gerando o episódio conhecido como "A Revolta da Vacina". A partir daí muitas tentativas foram feitas, sem sucesso, para que a vacinação se tornasse regra no país.  A partir do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990), particularmente no seu artigo 14 que obriga a vacinação das crianças dividindo seu cumprimento entre as autoridades e os responsáveis pelos pequenos, é que a coisa andou. O "Zé Gotinha", que já existia como símbolo da vacinação contra a poliomielite, ganhou força e o Programa Nacional de Imunizações finalmente cumpriu sua função. Nos tempos atuais, a ANVISA não teve jeito e aprovou o uso emergencial das vacinas, meio que disponíveis no Brasil, para o combate à Covid 19. No

Histórias da Pandemia - parte 2

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♪ A dor vai curar essas lástimas O soro tem gosto de lágrimas As flores têm cheiro de morte A dor vai fechar esses cortes ♫ Fiz uma pausa na semana passada e falei de mais um tema do Coisas do Narrador, para amenizar os relatos da pandemia. O Dia das Bruxas lembrou que há um ano eu mudei para Palhoça, onde já estava minha esposa, e hoje falarei sobre o retorno ao Planalto Norte. Resolvemos voltar logo no início de janeiro. O calor tornara-se insuportável e não havia mais o que fazer por lá. A pandemia estava fora de controle em todo o Brasil, principalmente em Manaus, e adiantamos nosso retorno, tomando muitas precauções pois na nossa região o atendimento médico também era precário.  Com essa decisão levamos muita sorte: voltamos mais cedo de Palhoça e não encaramos um problema que surgiu no estado que foram as chuvas, com inundações na região onde estávamos. Se a ida já deu trabalho, a volta foi muito mais complexa. Mesmo deixando muita coisa para trás (o que já era previsto), ainda