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Mostrando postagens de agosto, 2020

Capítulo 8 - As mães

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- Então, vamos passear também? - De charrete? - Não, vamos a pé mesmo... até a casa de meus pais... - Seus pais ainda estão... - Sim, claro! A medicina evoluiu muito. Várias doenças não existem mais e associando-se isso ao clima fantástico dessa cidade, estão lá firmes e fortes. Meu pai até voltou a jogar futebol e minha mãe tem uma fábrica de roupas de bebês. Isso já foi por minha conta, é claro. Descemos a ladeira e chegamos rápido à casa dos pais dele. Lá, o almoço estava sendo preparado e enquanto isso, o avô jogava futebol com uns meninos. Apresentações feitas, nos instalamos na confortável varanda dos fundos, de onde se ouvia um riacho.   - Almoçaremos aqui... As crianças farão o almoço lá em casa! - Os dois juntinhos? Isso não vai dar certo... - Fique tranquila. E apertou um botão numa das pilastras de madeira da varanda, de onde surgiu uma tela com opções de visão de toda a cidade. - Daqui a gente controla tudo via satélite; veja o passeio dos dois. - Senta

Mundo Adolescente - parte 2

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Voltando a contar a história, o site evoluiu muito, outras pessoas passaram a colaborar e, em 2000, participou do Prêmio Ibest, na categoria "Pessoal - Temas e Variedades", juri popular.  "O Prêmio Ibest foi um concurso de websites criado em 1995 pela Mantel, de Marcos Wettreich, com o objetivo de descobrir novos talentos e premiar todo o esforço dos profissionais e dos sítios que fazem a história da  Internet no Brasil. Os melhores websites, vencedores de cada categoria, eram relacionados num livro e publicados anualmente" (Fonte: Wikipedia). Mesmo com o sucesso, a vida continuava e o Dudu resolveu procurar outros sonhos, partindo rumo à Itália. Coincidentemente, a data da viagem foi exatamente a do dia da premiação no Ibest e o site estava entre os três primeiros mais votados. Os convites e credenciais eu fui pegar no aeroporto de Guarulhos, onde ele aguardava a conexão para a Europa, e nesse dia o conheci pessoalmente. De presente, deixei com ele o manuscrit

Capítulo 7 - As crianças

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Pela manhã, o ruído de um galo cantando e uma barulheira de crianças. Parecia até um jardim de infância... - Mãeeeeee! Que barulheira é essa de madrugada? Eu quero dormir!!! - Acorda, filha, que na roça a gente acorda cedo. Mal a gente se levantou, abriu-se a porta de um armário e lá de dentro saíram rosas perfumadas, das mais lindas que eu já vi. Junto com elas um bilhete e instruções: “- O café será servido na sala, com as crianças”. Trocamos rápido de roupa e nos dirigimos à casa grande, onde havia uma mesa de café da manhã com todas as frutas possíveis de se imaginar e um monte de crianças – bagunceiras, com certeza – em uma ordem impecável ao servir. As idades pareciam variar de 4 a 7 anos e quem coordenava, quem diria, era um menino de seus 15/16 anos, alto, cabelos pretos e longos, presos por um elástico atrás. - Bom dia! - disse o menino – bem-vindas ao nosso café da manhã! Crianças, digam bom dia! - Boooooommmmmm diaaaaaaaaaaaaa! - e caíram na risada - Bom di

Mundo Adolescente - parte 1

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A construção de ideias é repleta de boas histórias. No inverno de 2013 houve neve no Planalto Norte Catarinense (algo incomum por aqui) e hoje pode ser que o mesmo aconteça. No livro, Guido montou uma comunidade a partir de um site na Internet, onde neve não fez parte desse universo.  Falando nisso, na realidade, o Universo teen realmente existiu, mas a partir da ideia do livro.  Explico: quando comecei a "surfar" na Internet, conheci o "Mundo Adolescente" que era uma home page dedicada aos próprios. Achei muito interessante e mandei um e-mail para o Dudu ( o nome dele era José, mas a mãe dele queria que ele se chamasse Eduardo... bom... deixa pra lá!), que era o responsável pelo site. Conversamos um pouco e ele me convidou para participar  respondendo perguntas, que chegavam direto para ele, a respeito de doenças sexualmente transmissíveis, prevenção de gravidez e de tudo um pouco relacionado à saúde. O Mundo Adolescente era um revista de variedades, lidando c

Capítulo 6 - As lembranças

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O jantar foi servido na varanda mesmo. A noite era de lua cheia e, apesar do verão, a temperatura era bem amena e agradável. A comida era bem simples: frango ao molho pardo, doce de leite de sobremesa e, como opcional, hambúrguer, naturalmente de carne vegetal, com batatas fritas. Priti não quis o frango e deliciou-se mesmo com o hambúrguer... - Isso também não mudou - os jovens e os sanduíches! - Principalmente agora, que conseguiram retirar todos os conservantes e fizeram algo mais sadio. E você não me disse ainda como conseguiu tudo isso. Na época em que a gente se correspondia você estava com dificuldades financeiras... - Dava pra viver... Mas aí surgiu o Edu, que me convidou para responder às perguntas sobre Saúde na HP dele. - Até aí eu sei... - Pois é! A coisa foi crescendo e a HP virou um sucesso mundial, traduzido em vários idiomas. A partir de 2000, quando ele foi morar na Europa e passou a controlar o site de lá, ele me contratou. Mandou-me um computador novo e eu pass

Lançamento do Livro

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Essa releitura serve também como mais uma revisão do livro. Na maioria das vezes eu mantenho o texto original, mas corrijo alguns erros de ortografia/gramática que encontro (e que ninguém viu antes). Outra coisa que faço é retirar aquelas partes que não me agradaram muito ou que foram somente "encheção de linguiça", substituindo pelo símbolo "[...]".   O capítulo 5 eu preferi "pular" inteiro. O título era "Sexo, Drogas e Rock and Roll" e era muito "paradidático". Só que ficou sem qualquer espontaneidade, foi muito discutido antes de concluir e eu não gostei do resultado. Vamos para o capítulo 6 logo de uma vez e hoje vou contar sobre o lançamento do livro.  Depois de pronto, encomendei uns 100 exemplares na editora e parti para a divulgação com os amigos. Um desses amigos, o Dr. Iterbio Galiano Aldrighi , participava do Espaço Cultural CREMERJ (atual CREMERJ Cultural) e indicou meu livro, para o lançamento, num evento desse espaço.

"Se arrepia, já era"

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Capítulo 4 - O Amor  Enquanto Priti explorava o ambiente, continuamos a conversar, sentados em frente a uma das telas.  - Mas me diga: como você foi parar na Índia? - Bom, quando as férias de verão de 2000 estavam acabando, pedi para os meus pais, de presente de 15 anos, uma viagem à Índia para visitar a minha irmã Cecília que já estava morando lá. Eles toparam e o combinado é que eu passaria 15 dias. Só que me encantei pelo lugar - tive a impressão que eu era um passarinho fora da gaiola - e não quis voltar de jeito nenhum. Meus pais ficaram doidos e foram para a Índia me buscar, só que eu adoeci e não pude retornar imediatamente. Os médicos recomendaram repouso e contraindicaram a viagem pois eu estava muito estressada. Meus pais voltaram para o Brasil, muito magoados, e eu fiquei com minha irmã. Aos poucos fui me recuperando e durante o tempo de repouso continuei um trabalho que havia começado no meu primeiro dia na Índia: escrever! - Esses livros? Aí ele abriu um armário e