Pessimismo

Contrastando com a boa notícia do surgimento das vacinas, havia um problema a ser encarado que eram as festas de final de ano e o período de férias de verão. Parte da população, chamada de "negacionista", fazia festas variadas, bailes clandestinos e não estavam nem aí para a pandemia (segundo a mídia). 

Numa visão rápida, era isso mesmo que parecia mas podemos pensar de outras formas, senão vejamos: para alguns ficarem 100% em casa, haviam os entregadores e motoboys; para outros saírem e comprarem comida e remédios, haviam os funcionários de farmácias e mercados; se não considerarmos mais ninguém na linha de montagem de qualquer coisa que exista, uma população enorme tinha que se amontoar no transporte público precário, atender um monte de gente e se expor diretamente ao vírus em prol daqueles "privilegiados" que não faziam maiores esforços para sobreviver. Aí, esses mesmos privilegiados querem convencer o cidadão que ir a um baile funk é muito mais perigoso do que trabalhar todo dia. Claro que não há argumento que impeça um trabalhador de tentar algum distração, por mais perigosa que ela seja.

O objetivo do isolamento numa epidemia é tão somente, e já falei disso, dar tempo para os serviços de saúde serem estruturados para atender um número grande de pessoas ao mesmo tempo. Infelizmente isso não ocorreu e a pandemia seguiu em frente como já era o esperado.

Lamentavelmente, todo o esforço que o comércio fez no início da crise foi por água abaixo. É triste ver a destruição que essa manobra assim o fez em 2020 a troco de nada, pois a situação era praticamente a mesma sem as providências devidas terem sido tomadas. 

Interessante também as desculpas dos gestores para a flexibilização total dos serviços. Em Santa Catarina, nessa época, foi liberada a ocupação de 100% dos leitos dos hotéis com a justificativa de "reduzir a hospedagem clandestina em estabelecimentos sem fiscalização". A consequência disso tudo foi o colapso da saúde em algumas localidades que refletiu logo no início de janeiro.

Então tá... vamos sem frente.


Eu sou doc


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