V.J.M.J - parte 2

"Das certezas que a vida não tem uma delas é inevitável... Um dia, há muitos e muitos anos, conheci um sujeito alegre e gordinho... Durante um período usou barba e depois não mais. Era um mestre... daqueles que contam histórias. E ele contava uma história de um sujeito que vivia em um quarto com espelhos por todos os lados. Um belo dia, alguém tacou uma pedra e quebrou um deles... E lá pra fora, do espelho, o tal sujeito olhou. Viu muita gente, de todos os tipos, que cantava e que gritava... Gente que sonhava com um mundo melhor. 

Ao final dessa história, todos os espelhos foram quebrados e janelas colocadas em seu lugar. E era assim que ele ensinava: colocar janelas e olhar pra fora... Aonde rola o mundo das incertezas... Para que, ao menos, a gente saiba que olhar pra dentro só serve mesmo para decidirmos quebrar os nossos espelhos. 

Mago Merlin... um velho amigo agora está olhando pra gente através da janela do infinito. E assim como o Mago, o Zat sempre esteve aqui!" (texto escrito em julho de 2007 no blog "Contos de Fadas?")

A "parte 2" poderia ser encerrada aqui mesmo, pois esse meu texto no "Contos" já disse tudo, mas preferi falar mais um pouquinho do assunto. 

Em 1972, surgiu no colégio um movimento jovem chamado "A Busca de Cristo" (ABC), encabeçado pelo Irmão Zanatta (Carlos Eduardo Zanatta) e pelo Irmão Cheib, com monitores de anos/séries/classes (é difícil escolher a palavra mais adequada) mais avançadas/adiantada/ou sei lá o que. Na época eu entendi que seria um "grupo jovem" como já existiam nas igrejas. As reuniões eram aos sábados, no colégio, e era uma mistura de troca de ideias, ensinamentos cristãos e jogo de futebol que acontecia no final das reuniões. De tempos em tempos havia um ponto máximo que era um "retiro" na cidade de Mendes onde havia um colégio marista também (com o tempo o espaço foi transformado em hotel, mas ainda guarda as imagens do passado)

O grupo desse formato durou uns dois anos, sendo modificado com o tempo. Zanatta teve outras atribuições e depois foi embora para outro estado. Em 2007, um colega da época avisou de seu falecimento, quando descobri que virara jornalista, já havia deixado a vida religiosa anterior e casado. Quando pesquisei a respeito, descobri seu livro, "Tudo isso e mais aquilo", que foi uma homenagem póstuma.

Quanto à minha religiosidade, sou o que chamam de "católico não praticante", mas as boas influências fizeram parte da minha educação.

Ah! E a pandemia? Essa semana não vou falar a respeito. Só fica uma pergunta: se nitidamente os casos estão aumentando, as UTIs lotando e as mortes avançando, como é que a matriz de risco de Santa Catarina mostra melhora?

Eu sou doc

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