Pulmão de Aço

Quando escrevemos para nosso prazer temos a vantagem de fazê-lo como acharmos melhor. Eu tento manter um padrão de horário, formatação do texto e alguma sequência que pareça mais lógica, mas o leitor observará que isso muda às vezes, principalmente pelos recursos limitados do editor de texto do blog (já não mexo mais com "html" por absoluta falta de paciência e aí fico a mercê do que já vem padronizado).

Falei sobre isso porque andei relacionando os meus textos aos capítulos das semanas anteriores, mas agora não estou mais "preso" a tal padrão.

"O Dom" foi um capítulo bem simpático e agora é que lembrei (realmente eu esqueci muita coisa do livro) da referência aos Pintores com a Boca e os Pés. Acredito que muita gente já recebeu os belos cartões de Natal que a associação envia, com um boleto para pagar (de forma espontânea - antigamente você enviava um cheque).

Resolvi falar um pouco da poliomielite, pois tudo que vivemos hoje já aconteceu no passado. A poliomielite levou ao desenvolvimento dos respiradores, que foram tão disputados pelos países no início da pandemia, assim como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no formato que conhecemos atualmente. Hoje existe a vacina e não se tem notícia de casos de polio há muito tempo. O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. No entanto, até que a doença seja erradicada no mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território.

Eliana Zagui foi vítima da pólio e foi o exemplo que citei no livro. Ela faz parte dos " Pintores", além de ter várias atividades mesmo restrita ao leito de hospital. Felizmente agora existe a vacina para a doença.

Seu livro, "Pulmão de Aço", foi publicado em 2013 falando da sua própria vida. " Eliana chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo aos dois anos de idade, em 1976, com poliomielite, paralisada do pescoço aos pés e quase incapaz de respirar. Foi colocada no pulmão de aço, máquina usada para recuperar o aparelho respiratório, mas não apresentou evolução significativa. Os médicos avisaram aos pais da menina que ela teria pouco tempo de vida. Em Pulmão de Aço ela conta, de forma emocionante, como fez para sobreviver aos prognósticos e se tornar uma artista que pinta quadros com a boca."

Numa rápida pesquisa eu descobri que ela necessita de apoio para sair do Hospital e ficar em atendimento home care. Querendo saber mais, clique aqui ("Vakinha")

Enfim... Hoje iniciamos mais um feriadão coincidente com o Dia das Crianças. Desejo somente "boa sorte", pois é o que todos precisamos no meio dessa neura do "apocalipse zumbi".

 


Eu sou doc

Comentários