Festa de Natal

Este é o tipo de post que está mal localizado no tempo, mas toda a ação no livro é passada no mês de dezembro e desde a semana passada os capítulos falam das festas de final de ano. Para não perder a sequência, nas próximas semanas falaremos desses eventos também e terminaremos o livro com um presente para o leitor.
 
O Natal, na minha família, sempre foi comemorado com alguma festividade. Quando eu era criança a festa era, invariavelmente, na casa da minha avó materna. Antes de sairmos para lá, o "bom velhinho" aparecia na porta e nos entregava presentes. Isso gerou uma briga no jardim de infância, porque eu acreditava em Papai Noel até porque ele aparecia mesmo. Muitos anos depois, eu soube que não era bem o Papai Noel: era um representante dele, o porteiro do prédio (acho que o nome dele era Mariano), mas dava no mesmo.
 
Voltando à história, em algum desses anos esquecidos a comemoração foi lá em casa mesmo porque eu peguei caxumba. Explico: o repouso teria que ser absoluto e aí sair de casa para um trajeto de carro de cinco minutos seria um esforço absurdo. Claro que fiz um grande escândalo e a festa foi transferida para a minha casa com meus pais e irmão. Medo de pegar caxumba?  Naquele tempo a ideia ERA pegar caxumba, ao menos para minhas primas. Contaminei todas as crianças da família e ninguém ficou chateado porque era a forma de criar imunidade enquanto criança, já que não existia vacina.
 
Pausa: agora existe o Covid-19 que também não tem vacina... pensa! Se dependermos dos gestores que promovem aglomerações, não usam máscara, omitem dados epidemiológicos durante a campanha eleitoral e ainda discutem a obrigatoriedade da vacinação, a coisa vai ser meio parecida com a que contei acima!
 
Voltando... A partir da mudança acidental da rotina, a festa passou a ser alternada entre a casa da vovó e a casa do meu tio materno, até que meus avós mudaram para Rio das Flores e continuamos a tradição por lá mesmo, mas sem a presença do meu tio e família por outros problemas. Em 1974 meu pai comprou uma casa por lá (ficávamos antes na casa dos meus avós) e a comemoração incluía diversos amigos. Podemos dizer que criamos o Natal em Rio das Flores, pois as festas eram uma grande novidade já que não havia qualquer tradição nesse sentido.
 
Dividida em duas partes (antes da Missa do Galo e depois) foi evento durante alguns anos, onde minha mãe providenciava algum presente/lembrança para todo mundo que aparecesse (convidado direto ou não).
 
A família cresceu, diminuiu... dos antigos (à exceção da família de meu tio materno), somente eu, meu irmão e o velho pai ainda estamos por aqui. Até o ano passado dividimos as festas em várias casas e em vários dias, mas o marco herdado ficou com o doce que minha mãe fazia e que meu irmão replica com perfeição. Voltarei ao tema quando falar dos blogs, mas deixo a receita e as fotos para que o leitor possa se aventurar nessa gordice inigualável.
 

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