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Um Legado

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O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do COVID - 19 e o mundo que conhecíamos ficou para trás. Um chamado “novo normal” tentou ser construído, mas o que foi articulado pareceu mais um mundo distópico.   Isso será história para outro dia.   MAIS DE 20 ANOS começou com uma ideia de deixar um legado de tudo que já escrevi, começando pelo meu livro "Versão Beta" - onde a cena, coincidentemente, se passa em 2020 - e viajando pelos meus 2 blogs. Estamos em tempos complexos, onde as pessoas não têm paciência para ler, refletir, discutir de forma educada e textos grandes são abandonados logo no início. Dessa forma, a abertura do blog será bem pequena e com as fotos básicas da minha primeira obra, que montei num vídeo amador.  Obrigado pela presença Eu sou doc

Coisas de Natal e Ano Novo

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Terminando os relatos sobre o "Coisas do Narrador", vamos coincidir as datas. Natal virou marcador anual, assim como o Ano Novo.  Os textos foram bem variados e alguma coisa eu já falei, quando descrevia as inspirações do meu livro, e algumas outras eu deixei para depois.   Geralmente, aqui no sul, existe uma grande folga do tipo "férias coletivas", e eu viajava para o Rio fazendo um circuito de "beijos e abraços" (para matar as saudades) que terminava em Rio das Flores para a festa de Natal que já contei. Era uma viagem e aí entrava no marcador de viagens também.   Além do passeio, final de ano é época das tradições. Em primeiro lugar, a árvore não pode faltar e a minha era (e ainda é) uma verdadeira obra de arte, mas esse ano ela foi para manutenção e ficará somente na lembrança. A descrição, fotos e detalhamento você pode ver clicando aqui . Outra coisa que também acontecia era o momento "Papai Noel dos Correios" que gerava muita criatividade

Voltando ao trabalho

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A mudança para Itaiópolis, onde passamos a morar a partir de fevereiro, foi impulsionada pela possibilidade certeira de voltar a trabalhar diariamente. Logo minha esposa conseguiu um emprego e fui chamado para trabalhar na Estratégia Saúde da Família a partir de um processo seletivo, onde fui o primeiro colocado. Mais uma vez tive a sorte de coincidir esse reinício com a segunda dose da vacina contra a COVID, pois a quantidade de pessoas assintomáticas era muito grande e dizer que você não tinha contato com a doença seria algo impossível, principalmente considerando o trabalho em serviço de saúde. A situação, enfim, pareceu melhor controlada e aí recomeçaram as distorções com a comemoração do dia do trabalho e o dia das mães. A quantidade de casos era absurda, mas epidemiologicamente esperada. A vantagem é que a chamada "imunidade de rebanho" parecia que aconteceria mais rápido. Na nossa cidade ao menos 10% da população já estavam infectados nessa época. Se considerarmos que

Feriadão

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Apesar de estarmos perto do Natal, o tema de hoje fala (tema fala?) sobre o desespero nacional com mais um feriado que foi a Páscoa. Se compararmos com a problemática atual (Natal e Réveillon), a situação até é bem semelhante pois várias cidades estão cancelando os festejos habituais. No caso mais antigo, os prefeitos das cidades maiores tentaram, a todo custo, cuidar para que não houvesse aglomeração em lugar algum fechando praias e comércios, e anteciparam outros feriados tipo Tiradentes, São Jorge e tudo que foi possível. A ideia era um "lockdown" sem esse nome que aterrorizava os comerciantes.  O que os gestores esqueceram é que o feriadão facilitou o deslocamento das famílias que pretendiam passar a Páscoa com os seus. Para complicar mais ainda, um juiz do Supremo liberou o funcionamento dos templos religiosos (tá certo que ele limitou a 25% da capacidade, mas como é que se faz isso na prática?). Em Santa Catarina, assim como todo Brasil, as vagas de UTI eram inexistente

Volta às aulas e vacinas - parte 2

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Eu fiquei de voltar ao tema, para poder ilustrar melhor a situação de forma evolutiva. A vacinação correu a passos lentos, mas o retorno às aulas aconteceu com muita discussão técnico-jurídica.  Uma das justificativas para o retorno às atividades escolares era de que "se pode abrir cinema, parques e outros atrativos, por que não pode ter escola?". Só que esqueceram que o país entrou num caos sanitário sem precedentes. Se antes não havia leito no Planalto Norte e eu já reclamava, nessa fase não havia leito no Brasil todo. Justamente nessa situação resolveram colocar em circulação um sem número de seres (crianças e adolescentes) de forma obrigatória (parques, cinemas e outras situações de lazer são eletivas: "vai quem quer!") e esqueceram de que também não existem leitos para tal população. Um ótimo artigo sobre tal ponto de vista veio do editor do Jmais , Edinei Wassoaski, e foi a ele que recorri para dar a minha opinião a respeito, como da outra vez. Escrevi um e-ma

Como disse Stanislaw

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♫ Este é o samba do Crioulo doido A história de um compositor que Durante muitos anos obedeceu o regulamento E só fez samba sobre a história do Brasil E tome de inconfidência, abolição, proclamação, Chica da Silva E o coitado do Crioulo tendo que aprender Tudo isso para o enredo da escola Até que no ano passado escolheram Um tema complicado: a atual conjuntura Aí o crioulo endoidou de vez, e saiu este samba ♪   Na evolução da pandemia o próximo problema foi o Carnaval; aliás muitos dizem que a origem do problema foi o Carnaval de 2020 (e será também o de 2022), onde o vírus já estaria circulando e aí contaminou um monte de gente (claro que muitos assintomáticos).   Para tentar amenizar o desastre, as festividades oficiais não foram realizadas e o tradicional feriado virou uma confusão danada: bancos não funcionaram; prefeituras abriram; comércio fez o que quis... mas na prática a turma foi mesmo para a praia e aí as aglomerações e festejos clandestinos proliferaram.   A situação no paí

Início da vacinação

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A primeira pessoa vacinada, ainda na fase "circo", foi uma enfermeira em São Paulo, há dez meses, no dia dezessete de janeiro. Como eram poucas doses, os grupos preferenciais foram formados privilegiando idosos e profissionais de saúde também separados em sub-grupos. Claro que a coisa não funcionou dessa forma em todas as situações: surgiram os "fura fila" e o desperdício. No primeiro caso nem preciso explicar muito; no segundo caso foram duas as vacinas inicialmente: a Coronavac que a apresentação comercial era de uma dose por frasco e a AstraZeneca com dez doses por frasco e nessa é que o desperdício aconteceu. Como são coisas muito técnicas que foram muito divulgadas na época, vou pular o detalhamento da explicação. Na vida real, a matriz de risco de Santa Catarina foi melhorando e os leitos de UTI foram surgindo (talvez pela curta permanência dos pacientes que logo faleciam, mas esse dado ninguém contou). As mídias de notícias começaram a mudar os assuntos e a r

Mais circo do que pão

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Vacinar a população sempre foi um problema e as hoje chamadas "fake news" só receberam nova roupagem porque já eram presentes no início do século passado, quando Oswaldo Cruz resolveu aplicar a antivariólica "na marra", gerando o episódio conhecido como "A Revolta da Vacina". A partir daí muitas tentativas foram feitas, sem sucesso, para que a vacinação se tornasse regra no país.  A partir do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990), particularmente no seu artigo 14 que obriga a vacinação das crianças dividindo seu cumprimento entre as autoridades e os responsáveis pelos pequenos, é que a coisa andou. O "Zé Gotinha", que já existia como símbolo da vacinação contra a poliomielite, ganhou força e o Programa Nacional de Imunizações finalmente cumpriu sua função. Nos tempos atuais, a ANVISA não teve jeito e aprovou o uso emergencial das vacinas, meio que disponíveis no Brasil, para o combate à Covid 19. No