Viagens do Narrador

Julho chegando e, no tempo que existiam aulas presenciais de forma generalizada, este era o mês de férias preferido lá no Rio de Janeiro, não sei bem o por quê. No sul a predileção fica com as férias de verão, já que calor por aqui é algo raro. Essa semana nevou na serra catarinense e por aqui a média de manhã ficou em zero grau. 
 
Como falei, no Rio de Janeiro, julho é alta temporada na serra e é quando você consegue comer fondue, beber muito vinho ou encher a cara de cachaça. Tem um texto muito engraçado que se chama "O gaúcho e as temperaturas" que marca muito bem essas diferenças.
 
Sempre gostei de viajar e cultivo esse gosto desde criança, quando o papai levava a família pelo Brasil, conhecendo as capitais onde ele também trabalhava. Por aqui as oportunidades foram surgindo e fui conhecendo tudo que podia. Além das cidades referência, como Joinville e Curitiba, onde eu ia com frequência, acho que a primeira cidade que visitei foi Lages, por conta da Festa do Pinhão. 

Depois disso não parei mais e conheci o mundo das excursões numa ida a Gramado que até o papai foi junto (veio do Rio sozinho, para me encontrar e embarcarmos juntos no ônibus daqui). Algumas viagens eu fiz por conta própria, mas nem sempre o custo x benefício x cansaço de dirigir e tal faz valer a pena. Outras eu me associei a um grupo de professores e fui com eles também (coordenadas pelo falecido Prof. Cliceu).
 
Nas excursões conheci lugares remotos e pouco explorados que são lindíssimos, mas dificilmente alguém sai do Rio de Janeiro para conhecer. O interessante é que nem os habitantes locais ouviram falar dos passeios que fiz: cidades históricas, cachoeiras, praias distantes (inclui Fernando de Noronha), canyons, um banho de cultura a cada viagem. Lamentavelmente a empresa que eu utilizava (Race Turismo) teve que fechar na pandemia e seu dono acabou falecendo recentemente. Os passeios realmente eram ótimos e o atendimento era de primeira qualidade.
 
Depois de rodar muito no Brasil, encarei uma excursão para Portugal. Foi muito bem programada e, nos anos seguintes, o mesmo grupo ainda visitou várias outras cidades da Europa. Eu preferi voltar ao esquema "conta própria" e montei um roteiro Lima/Cuzco/Machu Picchu que ficou espetacular. Esse roteiro teve apoio de uma agência muito boa também. Foram alguns textos entre 25 e 28 de maio de 2016, são fáceis de encontrar e são carregados de dicas também. 
 
No marcador ainda  estão várias idas ao Rio e outros lugares no Brasil. De lá para cá eu retornei a Santiago de Compostela em 2017, mas já fizera uma descrição em "A Mágica do Anel" e não vi necessidade de complementar com um texto específico. Realmente é uma viagem que deve ser feita exclusivamente e não acoplada a uma visita a Portugal ou outras cidades da Espanha, se bem que você pode fazer um roteiro e visitar a Galícia e cidades próximas. Tudo com um componente mistico e histórico. Claro que fiz um trecho do Caminho de Santigo e vi vários peregrinos em condições físicas (a)diversas e até precárias. É tudo muito interessante e muito diferente também. 

Considerando isso tudo, eu me senti merecedor do anel Ultreia e também trouxe um para minha esposa que ficou marcando nossa união até ser substituído pela aliança de casamento oficial (mas eu continuo usando na mão direita). Ah! O Anel Atlante que eu usava foi guardado com carinho, já que foi substituído pela aliança e pelo Ultreia e aí faltariam dedos para tanta coisa (dedo anular só são dois... senão seriam muitos vizinhos 😅)
 

Eu sou doc

RIP Raul (Race Turismo) e Cliceu Uhlig

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